O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Dizem as raparigas: "É uma conquista em territorio masculino..." ah ah ah ah rio-me eu.

 
 
 "É uma conquista em territorio masculino", dizem...

No dizer desta espectadora... "O filme revela-se, a meu ver, tudo menos   um ataque à integridade e à identidade da mulher. É uma conquista em territorio masculino." - isto revela de facto a maior inconsciência do que é a Integridade e a identidade da mulher...

"AFINAL QUEM É QUE TEM O CHICOTE NA MÃO MESMO" - DIZ UMA LEITORA MINHA...
Sim de facto que sabe esta mulher da Identidade da Mulher ou da sua integridade? 

Tudo o que ela alega no que escreve e tudo o que transmite neste texto vejo que não passa de uma mulher modelada intelectualmente pelo Sistema, lógica e racional, bem instruída nas suas escolas e completamente criada e feita à imagem do Homem, ao seu serviço e na ilusão de vencer no terreno - valeu-me umas boas gargalhadas de bruxa!!!  - na verdade uma mulher que desconhece quem é...não, não sabe de todo o que é uma MULHER! Se calhar nem sabe do seu prazer como mulher...tão equivocada me parece...Talvez um dia quando crescer esta rapariga saiba de si...por ora só tem miolos na cabeça...
Quanto  as palmadinhas no rabo, e o resto como ela diz...  - bravo…adorei! S
im, bravas raparigas modernas! Vocês preenchem todos os requisitos que o Sistema  falocrático vos impos a gosto…Felizes agora de conquistarem em "território masculino "- esperem ver o tiro sair-lhes pela colatra...
 
Esqueceu-se esta mulher todavia de ler, já não digo as coisas sérias que forma escritas por psicólogas e escritoras a sério - mas especialmente  as crónicas masculinas que abundam por ai ao filme e o efeito perverso que nas mentes atávicas dos homens causa e como as mulheres passarão a ser olhadas…palmadinhas no rabo e chicote - a rapariga gostou claro…você adorou, uma mulher “realizada” pelo sistema - serve voluntariamente - já nem são precisos bordeis, nem acompanhantes de luxo.
Enfim…sou uma mulher idosa…já passei pelas aventuras todas que tinha de passar, mas  como qualquer homem ela dirá que me faltaram homens de chicote…que linda cabecinha...a destas meninas!
Fantástica geração esta,  a do “fodamos” (mariacapaz.pt)   - é a vitória feminista…de facto!
E até já podem escrever mais uma mil sombrinhas de gray que não faz mal a ninguém…claro que esta é bem mulher capaz para isso …tem todos os requisitos e perfil!
rlp

 
TEXTO DE AUTORIA DESCONHECIDA
 
(...)
 "Vamos lá ver uma coisa, meninas (e meninos, claro): nós gostamos, ok? Mesmo que de certa forma nos tenha sido incutida, nós temos uma ideia da figura masculina e fantasiamos com ela. Gostamos tanto da protecção que ela nos oferece como o seu lado mais animal, mais másculo. Então, porque é que nos faz tanta confusão que uma personagem feminina, introduzida a um mundo de fantasias sexuais, possa gostar de tal oportunidade? Talvez porque, tal como assimilamos a ideia de macho, também assimilamos um certo purismo e insegurança em relação ao nosso próprio prazer. Fecha-se assim portas ao conhecimento do nosso corpo e de nós mesmos. Com isso, arrastam-se frustrações e medos que depois são difíceis de vencer. Portanto, cuidem-se.
Gostei do filme, não tanto pelo romance em si que achei um pouco infantil, mas acima de tudo pela Anastacia, a tal personagem feminina pecaminosa. Basicamente, o mundo caiu-me aos pés. Idealizei com o pouco que sabia, uma rapariga ingénua ao ponto de enjoar-me, mas cheguei à conclusão que ela é mais parecida comigo do que imaginei. De ingénua nada tinha, muito menos de inconsciente. Pareceu-me uma jovem mulher bem sucedida, trabalhadora, que sabia bem o que queria e o que não queria. Acima de tudo, achei-a no controlo de toda a situação. Submissão? Não a vi em lado nenhum. Gostar de levar umas palmadinhas no rabo durante o sexo não nos tira os miolos da cabeça, sim? Ao que me parece, a Anastacia foi a primeira a impor-se a um Grey mal habituado por tantas outras, questionando aquilo que ele tomava como garantido - uma mulher. Tanto questionou como se recusou a entrar no mundo de fantasia sexual dele como um objecto. Ela exigiu-lhe muito mais que isso.
Quanto às cenas de sexo propriamente ditas, acho que foram bem conseguidas. Nem cansavam nem constrangiam. Focavam-se muito no prazer dela, não tanto no dele. E acho que isso deve-se ao facto de à frente deste projecto cinematográfico estar... pois exactamente! Uma mulher, Sam Taylor-Johnson. Quando há pouco tempo se noticiavam as diferenças de género em Hollywood, nomeadamente na falta de mulheres (tanto na representação como na produção) em filmes de sucesso, só temos que felicitar o fenómeno de Fifty Shades. O filme revela-se, a meu ver, tudo menos   um ataque à integridade e à identidade da mulher. É uma conquista em territorio masculino.
Portanto, aqui fica a minha deixa: deixemos de ser uns falsos púdicos, sim? Quem gosta de levar palmadinhas, que esteja à vontade. Quem não gosta que deixe que os outros gostem. Preocupem-se mais com o que se passa na vossa cama do que na cama dos outros. um ataque à integridade e à identidade da mulher. É uma conquista em territorio masculino.
Portanto, aqui fica a minha deixa: deixemos de ser uns falsos púdicos, sim? Quem gosta de levar palmadinhas, que esteja à vontade. Quem não gosta que deixe que os outros gostem. Preocupem-se mais com o que se passa na vossa cama do que na cama dos outros.
 
  (enviado por email)

2 comentários:

Anónimo disse...

Este filme tem sido denunciado pelas feministas radicais como sendo uma banalização da violência contra mulher e uma naturalização das práticas hierárquicas do amor romântico na sua face mais patriarcal: a submissão da mulher e a dominação do homem.

rosaleonor disse...

Esperemos que sim que continue a ser denunciado...