O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 03, 2017

É preciso salvar o mundo


O Regresso do Feminino Ontológico: a alma do mundo

"O feminino é a matriz da criação. Esta verdade é algo profundo e elementar, e toda mulher conhece desde as células do seu corpo, desde a profundidade de seu instinto. A vida surge da substância de seu próprio corpo. As mulheres podem engravidar e dar à luz, ser participantes do maior mistério, que é trazer uma alma para o mundo. E, no entanto, nos esquecemos, ou nos foi privado, da profundidade deste mistério, de como a luz ...divina do alma cria um corpo no seio da mulher, e de como as mulheres participam neste mistério, entregando O seu próprio sangue, o seu próprio corpo, aquilo que vai nascer. O foco de nossa cultura em um Deus desencarnado, transcendente, deixou às mulheres despojadas, negando-lhes o carácter sagrado deste simples mistério do amor divino.
O que não nos damos conta é de que esta negação patriarcal não só diz respeito a todas as mulheres, mas também a própria vida. Quando negamos o mistério divino do feminino, também estamos negando algo fundamental à vida. Estamos separando a vida de seu núcleo sagrado, da matriz que alimenta toda a criação. Separamos nosso mundo da única fonte que pode curar, alimentá-lo e transformá-lo. A mesma fonte sagrada que nos deu a vida para cada um de nós é necessária para dar sentido à nossas vidas, para alimentá-las com o que é verdadeiro, e para revelar o mistério, o propósito divino de estar vivos."

Llewellyn Vaughan-Lee

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