O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, novembro 06, 2017

A LEI ABSOLVE MAS O HOMEM CONDENA...



A Mulher consciente de si não luta por espaços públicos nem de liderança   politica económica ou social. A mulher consciente de si sabe que nesses lugares de destaque e de "decisão" dentro do Sistema a mulher não vai fazer nada por ela mesma ou pelas outras mulheres. Ela sabe que essa é a armadilha em que as mulheres modernas cairam - em que as feministas caíram ao pensar que "a igualdade e os direitos iguais" as iria levar a algum lado, mas só as levou ao seu avesso...e enquanto lutarem apenas por igualdade NUNCA SERÃO ELAS MESMAS, mas cada vez mais como os homens, sim, iguais aos homens no poder na força na violência na abjecção, na promiscuidade sexual etc!

Enquanto as mulheres não perceberem que o seu drama é a sua perda de Identidade, e que estão divididas dentro de si e umas contra as outras - aceitando a dicotomia da santa e da puta - elas farão o papel dos homens e o que os homens querem que elas façam e não serão nunca mulheres integrais nem conscientes de si...elas serão apenas uma parte da máquina que as esmaga e anula.

Temos este caso muito recente e flagrante de como uma juíza se juntou à voz persecutória e medieval do Juiz Moura (fundamentalista decerto) no seu parecer final ao condenar uma mulher, vitima de violência doméstica e gravemente ferida, de adúltera alegando, que por ter traído o marido  e desonrado o homem não só a condenou,  absolvendo  o marido e o amante que juntos a espancaram barbaramente...
rlp

É ESTA A ARMADILHA DA IGUALDADE...

"Qual tem sido a maior queixa das mulheres para defender seus direitos? Igualdade. Ou seja, o acesso livre aos cargos e funções que os homens ocupam no sistema. Seja parte do sistema corrupto e desastroso, em maior medida, criado pelo próprio sexo masculino.

Um mundo selvagem, violento, injusto, perverso como uma máquina fria e metódica que destrói tudo no caminho, nas asas de ideologias políticas absurdas, crenças religiosas ou ganhos económicos. Longe de tentar transformar este mundo vil às suas raízes, para destruir as estruturas psíquicas que causam sérios danos ao próprio sexo feminino desde tempos imemoriais, a grande reivindicação da mulher tem sido tornar-se uma grande peça desse mecanismo, tal como o homem o é.
Apenas isso.
Ser uma parte da máquina, simplesmente.
Isso é o que realmente representa a chamada "igualdade de género ".

E, chegando aqui, devemos nos perguntar por que o sexo feminino se contenta com tão pouco?
Por que não tem focado os seus esforços em derrubar as estruturas injustas do sistema, criando novos conceitos, radicalmente diferentes, muito mais desenvolvido e profundo?
Em suma, porquê que a mulher não se tem esforçado para criar e liderar um mundo radicalmente novo e melhor?
Criar e liderar um novo mundo. Isso representaria uma nova esperança para a raça humana, tão cega e perdida nestes dias.

Sem dúvida, alguns irão argumentar que para mudar o mundo as mulheres devem incorporar antes os cargos da sua gerência. Mas isso é uma falácia completa. Porque é justamente aí que está a armadilha. Como vimos, o poder transformador só vem dos grupos oprimidos que lutam para mudar as coisas e sonhar com novas realidades, ser utópica.
A necessidade de construir um futuro.
No entanto, a promessa de igualdade não abriga ao sonho de novas realidades.
Na verdade serve para matar esse sonho realmente profundo e reforçar as realidades existentes como únicas opções possíveis.
E a igualdade de género, uma vez alcançada, efectivamente eliminou a necessidade de essa transformação porque, presumivelmente, termina com a opressão que gerou essa necessidade.

Esse foi o grande sistema de armadilha para abortar a grande revolução das mulheres que poderia ter mudado a humanidade para sempre.

E com isso perdemos provavelmente a última chance de faze-lo.
Porque todos nós sabemos que uma mulher pensa e sente diferente do homem.
Experimentando coisas que um homem não pode jamais compreender.
Existe entre ambos os sexos uma enriquecedora e profunda diferença, tanto a nível biológico como a nível psicológico.

Um património natural inestimável.
No entanto, parece que o sexo feminino renunciou a estas valiosas diferenças, à sua forma particular de sentir e compreender o mundo e tornou-se também um homem, juntando-se, da mesmíssima forma que ele, à máquina do sistema.

in  GAZZETTA DEL APOCALIPSIS

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