O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, fevereiro 01, 2018

MULHER INTEIRA?

“Aquele que não ousa ofender, não pode ser honesto.” - Thomas Paine


O QUE É A MULHER INTEIRA(republicando)

Será que a Mulher NÃO SE ENXERGA mesmo?

Que não percebe que essa sua divisão interna da santa e da puta, e as suas variantes e atenuantes, expressando aspectos da sua natureza cindidos nas vivências de um lado como esposa e "mãe imaculada" e do outro a pecadora, depravada e sensual ou promiscua? Ela não vê o absurdo que é continuar a aceitar esta divisão-cisão do seu Ser Mulher e olhar as outras mulheres ora como um ser reprodutor ou um corpo ou corpo de prazer apenas? Já não falo dos homens nem como essa divisão das mulheres se reflectem nas suas opções e escolhas...
Porque não pensa a mulher em Ser só MULHER-MULHER? Sim, Mulher plena em si mesma, unindo esses dois lados e ser consciente do seu ser como um todo que é e na plenitude das suas capacidade e dons, redescobrir-se, e ser inteira na união de todas as partes que a constituem, corpo e alma e espirito, sexo e coração, sem mais necessidade de se dividir, sem esta ignominia de ser partes de si mesma e sexo e só e apenas um sexo? Basta de ser ver apenas como um sexo ou um corpo apenas.
Será que é isto nos dignifica, dá vida e vitalidade como escrevia desaforadamente uma jornalista de Capazes no seu artigo, "Fodamos": será isso que nos dá poder, nos dá, sei lá, identidade? Será que as mulheres estão felizes com todas estas designação tout court...e se se assumem com tanta pompa e circunstância e em publico ora como acompanhantes, ora prostitutas ou lésbicas? E depois há as senhoras e as putas...as  de entre as lésbicas, as sapatonas e as camionistas e as fufas e as bix...sei lá que mais...é isto que se chama a mulher emancipada?
Não é a mulher muito mais do que isso? Mais do que um corpo mais do que um sexo, insisto?
Será que não é tempo de a mulher deixar de "foder"cujo significado é  literalmente: se atormentar dilacerar, violentar, de se deixar "furar, cavar"...? e amar...amando-se a si mesma  e amar quando ama como um todo?

Será que a mulher se sente feliz apenas como objecto sexual que visa tão só o prazer do homem ou o seu ou dando-lhe filhos embora agora já não tanto e apenas como "esposa" fiel..., mas como barriga de aluguer...no caso dos gays, especialmente, mas também dos jogadores de futebol ...gays...enfim seja qual for "a parelha"?

Será que a Mulher não tem outra dimensão de si mesma? Não se sabe escolher a si mesma, ser inteira, ser ela mesma?
Eu não prego o celibato nem a solidão nem a renuncia a qualquer tipo de sexualidade-prazer, nem ao "amor"... Eu tão pouco quero dizer que a mulher não possa ser mãe e amante ou esposa - só que o seja sem depender de nomenclaturas definições ou catalogações...nem de ninguém para ser feliz ou completa. É aqui, eu sei, que as mulheres não me entendem e confundem as coisas. Não entendem que uma mulher possa viver focada no seu ser, no seu centro nuclear - e fazer um trabalho de resgate de uma nova consciência como Mulher - Mulher e ter-se como prioridade a si mesma, resgatando a essência dessa Mulher livre e total que perdeu há milénios...

rosa Leonor pedro

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